segunda-feira, dezembro 11, 2006

O desafio dos jovens mocambicanos

manos

rezar so nao basta. deus é grande, mas a nossa experiencia manda dizer que deus por aqui nao conhece o pecado do seu rebanho. agora acredito que temos que ajudar a deus nao so com a reza, mas com a evangelizacao: solidariedade, honestidade, valorizar o conhecimento, trabalho, nao roubar, e mais do que isso mostrar a todos que deus é para todos e de todos, e nao de zaqueu, pedro, joao, mas é tambem deus de guija, chibuto, gorongoza. mandimba, mueda, vilanculos, gurue ...

porque em nome dele e da oracao, roubaram e inventaram outros deuses, para entreter a oracao e as suplicas dos que nao tem nada. e esta hein?

e mano levieque, escreve que o desafio esta nos jovens, e assusta-me esta condicao de que eu sou futuro, quebrado, mal fabricado, sou futuro. anima esta maneira de ver o futuro como uma coisa minima que se pode dar aos jovens mocambicanos. mano levieque aponta a educacao e a competencia como a arma da juventude. anima, mas continuo assustado, porque vejo que ja encontramos a forma minimalista de conquistar esse futuro almejado.

quando vejo discurso do ministro sobre a criminalidade e alguns outros governantes, fico assustado, porque parece que a educacao e a competencia anda longe da esfera de governacao. estamos ainda no discurso de como foi inventada a roda, e nao na tarefa de tirar partido da invencao da roda. triste. entao o futuro fica mal pintado quando nao trabalhamos com a nocao do tempo e do espaco. pior nao tras e nem legitima o papel e o valor da educacao e competencia, onde nos os jovens ficamos com a sensacao de que a educacao e competencia, nao sao valores de que se constroi um estado moderno e responsavel.

a coisa que chamou-me atencao ha um atras e pior agora que se junta o grande congresso, estamos a interpretar mal a responsabilidade partidaria dos nossos quadros mocambicanos. para mim a partidarizacao da funcao publica significa radicalizacao dos instrumentos de gestao, promove-se a incompetencia em nome da lealdade, mata-se a criatividade em nome de favores, acrescenta-se modelos de gestao e analise de competencia com valores e modelos que infraquecem a rapidez e resolucao transparente da coisa publica. e esta situacao vem da ma interpretacao do problema deixa-andar e do projecto de identidade e nacionalismo. Alguns disseram que isso vem resolver a falta de sintonia que havia entre governo anterior e estruturas do partido. e estes dois anos mostra que estamos com uma meia verdade, a outra verdade esta naquilo que os tecnicos e quadros do aparelho do estado ja diziam: temos que decentralizar os servicos do estado, temos que formar e resolver os problemas de categoria, temos que partidarizar o resultado e nao o processo... tudo isso anda la nas gavetas da UTRESP e outros ministerios.

e manos nesta altura de campeonato onde temos que acelerar o passo precisamos de pessoas competentes. precisamos de parar de lancar foguetes onde nao ha festa. precisamos de buscar modelos de governacao que promovam competencia e legitimidade, porque as coisas estao mal no pais e nao ha nada que funciona bem, em nome de foguetes esquecemos do futuro que deve ser brilhante. e agora vieram os europeus dizer que as nossas eleicoes sao fraudelentas. podemos dizer que é a opiniao deles, analisando os dados que sao nossos. fico triste. porque nao ha melhor orgulho que um mocambicano pode ter alem fronteira quando diz que o seu pais é democrata, dirigido por partido socialista, eleito pelo povo, onde ganhamos eleicoes com transparencia e ganhamos para governar e nao lancar foguetes.

entao manos, esses dias os europeus resolveram aqui na academia europeia sujar o nosso orgulho.

jorgematine
la famba bicha

P.S. texto retirado da net e o título da responsabilidade da Comunidade Mocambicana no Exterior.

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