terça-feira, abril 17, 2007

Aprender da UNITA

Pelo que sei, na maior parte dos partidos mesmo na Europa ocidental o espírito democrático dentro dos partidos é exíquo na medida em que as eleições dos órgãos internos são raramente livres e transparentes. A proposta para os líderes ou presidentes partidários é muitas vezes feita por um grupo restrito por vezes por uma única pessoa, o líder cessante, servindo os congressos apenas para carimbar. A esta camaflugem se chama por eleição. Quanto aos secretários-gerais o processo é o mesmo ou simplesmente os presidentes os escolhem.

A excepção está a eleição de candaditos presidenciais nos Estados Unidos da América onde os simpatizantes e membros dos partidos são quem os elegem. Este é o aspecto que tenho gostado do modelo democrático dos EUA ainda que não se gastassem montes de dinheiros para bonés e camisetes. Da democracia, os cidadãos só se beneficiam de bons governantes capazes de resolver os problemas sociais e económicos que enfermam a nação.

Porém, a coisa inédita é o processo democrático dentro da UNITA, em Angola, a UNITA após Jonas Savimbi. No último congresso, o qual foi realizado em 2003, foram candidatos entre outros Paulo Lukamba Gato, na altura presidente interino, Isaias Samakuva e Eduardo Chingunji. Todos eram candidatos potenciais, isto é com possibilidades de serem eleitos, e, Samakuva foi eleito. Para eleições da UNITA a terem lugar ainda este ano, são candidatos o actual presidente, Isaias Samakuva, o deputado e antigo líder da UNITA- Renovada, Abel Chivukuvuku, esperando-se ainda que Paulo Lukamba Gato e Eduardo Chingunji venham participar na corrida à liderança do partido do Galo Negro .

Não será que deviamos aprender da UNITA se somos por um processo democrático transparente e livre?

Saturado

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