quinta-feira, julho 03, 2008

As duas posições de Sharm el-Sheikh

Em Sharm el-Sheikh, no Egipto, sairam duas posições em relação o regime do déspota Mugabe (leia aqui). Uma posição projectando regimes e presidentes africanos para toda a vida, optaram por não criticar a Robert Mugabe. Um dos membros deste grupo, Omar Bongo, Presidente do Gabão e o governante mais antigo de África e o sétimo do mundo chegou de afirmar que Robert Mugabe fora eleito. Thabo Mbeki, o suposto mediador da crise do Zimbabwe insiste que o seu projecto de manter Mugabe no poder se ponha em prática. Outros ficaram silenciosos. Talvez a posição destes líderes africanos seja a prova de mãos sujas de que Robert Mugabe alertou aquando a sua partida ao Egipto.

A outra posição é constituida por aqueles que criticaram duramente a Robert Mugabe, chegando a propôr a sua exclusão da SADC. Esta foi a proposta do Vice-Presidente do Botswana, Mompati Merafhe. O Presidente senegalês, Abdoulaye Wade, classificou de "nula" a segunda volta das presidenciais zimbabweanas. Outros chefes de Estado que criticaram severamente a Robert Mugabe foram os de Nigéria, Libéria, Quénia e Serra Leoa.

Atendendo que Robert Mugabe disse que estava preparado para desafiar aqueles líderes africanos que pensam que têm mãos mais limpas do que as dele (veja aqui), só posso concluir que os líderes que o criticaram severamente têm sim, mãos limpas que ele, ou então Mugabe não sabe nada deles. Na verdade, Robert Mugabe não os desafiou.

5 comentários:

Unknown disse...

Obrigado por distrinc,ar estas duas posicoes para os leitores.

Mas porque^ a nossa participacao na Cimeira foi como se nao tivessemos la' uma delegacao?

Inquita-me muito isto. Veja reflectindo, gastam-se rios de dinheiro para colocar 'mandata'rios do povo' nessas instancia turisticas, para so ouvirmos que o nosso presidente recebeu garantias de Mugabe de tentar negociar com Tsavangirai um GUN! Afinal qual e' a posicao do nosso estado perante a situacao de violencia e crime perpetrada pelo hediondo regime totalitario mugabino?

Por favor pesso que o Reflectindo elabore esta situacao do nosso GOV. Sera' este o Presidente da Repu'blica que Moc,ambique precisa?

Na minha humilde e modesta opiniao, o presidente que temos rompeu com a escala abaixo do zero. Nao sabemos como medi-lo nem percebe^-lo sem produzir os resultados que se pretendem.

Voltarei ao meu ponto, caso o dialogo prevalecer. Ate' logo

Unknown disse...

Eu acho que temos que começar a escolher chefes de estados pontuais a causa do povo. Chissano nos traiu fiquei com impressão de que tinham mesmos ideais dialogava se fosse necessário mas o presente mostra outros resultados que penas da África.

abraços

Reflectindo disse...

Dede, Prometo que estou acompanhando os "news" nacionais e internacionais para saber distinguir as posicões dos líderes africanos. E a posicão de Armando Guebuza não escapa.

Segundo a RTP a Frelimo congratulou a Zanu-PF pela vitória de Mugabe, mas porque meio?

Reflectindo disse...

Justamente, Chacate. A razão pela qual os presidentes africanos fazem e desfazem é a nossa falta de ponderacão quanto ao programa político nacional e internacional dos mesmos. Por exemplo, se acompanharmos bem as eleicões presidenciais americanas, vamos ver que os eleitores estão interessados nisso e muitos terão em conta nisso ao depositarem os seus votos.

Unknown disse...

'A guisa de conclusao podemos dizer que a analise que se pode fazer das actuais nomenkalaturas obdedece `a sua genese/como nasceu: Ha' paises onde notamos uma domino dos libertadores da patria que hoje se transformaram em autenticas autocracias (o nosso para se enquadrar aqui).

Por outro lado, existem nacoes que conseguiram romper com o passado onde as regras democraticas sao respeitadas e o estado de direito e' uma realidade (Cabo Verde, Botswana, Zambia, Mauricias entre outros.

No caso de Mocambique, ha-de ser preciso o jogo entre a inteligencia e a forca animica das forc,as politicas para dar um chuto na pedra de toque que nos leve a um outro patamar democratico.

A Frelimo neste momento detem forca politica e armas ao seu lado. Como a experiencia ja' demonstrou, ela nunca ira abdigar o poder sem dar luta, mesmo se para o efeito jorre sangue.

`A Frelimo nao importam portes em nome da sua sobrevivencia politica.Estamos a assistir isso na vizinha Zimbabue, onde pensamos que a Frelimo esta dar um apoio estrategico multiforme a Zanu-PF.