sexta-feira, novembro 27, 2009

Directores recusam-se a fornecer resultados dos exames da 1ª época


Em contrapartida, dizem que os resultados veiculados na edição da última quarta-feira, pelo jornal `O país´, não são fiáveis, porque se basearam num número reduzido de pautas.
Directores de alguns escolas secundárias da cidade de Maputo recusam-se, por um lado, a fornecer os resultados referentes aos exames da primeira época das suas escolas e, por outro, contestam os que foram tornados públicos, ontem, pelo jornal `O país.
Os mesmos justificam a recusa dizendo que neste momento é prematuro avançar com os resultados, porque os estudantes que reprovaram nesta primeira época ainda têm a hipótese de fazer as classes na segunda chamada, que vai iniciar no dia 30 do mês em curso.
Os directores das escolas secundárias Francisco Manyanga e Josina Machel, ambas na cidade de Maputo, contestaram o facto de o jornal `O país´ ter divulgado os referidos resultados, dado que não foram retirados das pautas totais das escolas.
A directora da Escola Secundária Josina Machel, por exemplo, considera que na sua escola existe mais da metade das pautas `quase azuis´, mas os que divulgaram, disse ela, basearam-se em seis pautas.
O director da Escola Secundária Francisco Manyanga, que até agora considera `tudo estar num bom caminho´, mesmo com as aprovações a não atingirem 50 porcento, diz que com a efetivação das provas da segunda época as escolas podem alcançar as metas previamente planificadas.
O mesmo não admite a possibilidade de existirem falhas no sistema, porque, segundo ele, se se verificarem, serão debatidas no final do processo em `fórum próprio´.
Por outro lado, aproveitou a ocasião para chamar atenção àqueles estudantes que são enganados nos dias de exame, adquirindo guiões falsos de correcções, porque, no seu entender, esses comportamentos podem contribuir para estas fraquezas.
Os referidos directores consideram ainda que, neste momento, não se podem julgar os resultados avançados, porque o processo dos exames ainda não chegou ao seu fim.
Por seu turno, alguns académicos chamados a reagir a estes resultados, consideram-os assustadores. `Esperava ver reprovações, como sempre ocorrem, mas não naquelas proporções´, disse Suzana Rita, uma educadora da cidade de Maputo.
Esta acrescentou que o sistema nacional de ensino tem estado a falhar, mas que `o problema parte das bases´, e defende que os alunos devem ser bem preparados nas classes iniciais, o que neste momento não está a acontecer.

Fonte: O País in Imensis (26-11-2009)

Nota: 1) não seria melhor que nos empenhassemos no debate sobre os maus resultados que tentar-se negar os factos?
2) O Debate e Reflexão de Jorge Saiete colocou à mesa o tema para debate franco.

Adenda: Segundo o Notícias, na sua edicão de hoje, em Cabo Delgado, nalguns casos, segundo a fonte, as cifras vão até 70 porcento de alunos que devem ir à segunda época. As disciplinas de Inglês, Química e História são as que levaram a que muitos estudantes à segunda época.

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