terça-feira, abril 13, 2010

Ex-membros da RENAMO fundam novo partido, «a alternativa das alternativas»

Ex-membros da RENAMO, o principal partido da oposição em Moçambique, lançaram hoje em Nampula, norte de Moçambique, um novo partido, que se pretende afirmar como “a alternativa das alternativas, devido ao falhanço da oposição”.
Em declarações à Lusa a partir de Nampula, o presidente da Comissão Instaladora do Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), Cornélio Quivela, antigo deputado e delegado provincial da RENAMO em Cabo Delgado, norte do país, afirmou que a nova força política será “muito forte e não se irá contentar com esmolas”.
“Os membros do partido vêm de partidos muito fortes e não estão aqui para se divertir. O PAHUMO é um partido forte e as coisas não serão fáceis para a FRELIMO (no poder). Dentro das regras da democracia, a FRELIMO vai saber ser humilde”, sublinhou Cornélio Quivela, ex-deputado da RENAMO.
O PAHUMO, segundo o presidente da Comissão Instaladora, quer ser “a alternativa das alternativas, porque os actuais partidos da oposição falharam, ao não apresentarem propostas credíveis de governação”.
Cornélio Quivela prometeu um PAHUMO mais solidário com os pobres e mais criativo e dinâmico na busca de soluções para os principais problemas do país.
O presidente da Comissão Instaladora do PAHUMO acusou Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO, de ter “incendiado e traído a oposição”, ao impedir Daviz Simango de concorrer pela RENAMO a um segundo mandato para a presidência da Beira nas autárquicas de 2008.
Na sequência da decisão da RENAMO de não o recandidatar, Daviz Simango acabou por concorrer como independente e ganhar a presidência do município da Beira. Alguns meses depois, fundou o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que ganhou oito assentos nas eleições legislativas de Outubro de 2009.
“Fiquei muito aborrecido com a liderança da RENAMO e fui muito violento nas críticas ao presidente Afonso Dhlakama. Disse-lhe que tinha incendiado e traído a oposição”, afirmou Cornélio Quivela.
O projecto da fundação do PAHUMO conta com outros ex-quadros da RENAMO, como Henrique Lopes, ex-delegado deste partido em Nampula, e Eduardo Pintante, ex-deputado da RENAMO na Assembleia da República.

Fonte: Notícias lusófonas - 12-04-2010

11 comentários:

Nunoamorim disse...

Amigo Reflectindo,
não são so membros da Renamo.
Segundo Wampulafax de hoje, são dissidentes da RENAMO, MDM E PDD.

Espanta-me que o MDM, partido com pouco tempo de existência, já tenha dissidentes.

Ps. felicito-lhe pela coerencia que tem demonstrado em certos foruns.

V. Dias disse...

Uma fantochada de partido. Um cogumelo que vai "morrer" em tempo de seca. Já no próximo verão teremos notícias deste partido. Vai morrer como nasceu, nada morto.

Eu condeno a proliferação de partidos sem agenda, sem programa, nasceu para fazer estatística. Sempre defendi que para se formar um partido político os seus "pais ou mães" deveríam, antes de mais, provar idoniedade, trabalho comunitário, corrículo, etc...

Partido comunitário? Já alguma vez este partido foi capaz de ajudar a mitigar as hecatombes em Nampula, a arruaça, a erosão mental e natural de Nampula, etc? Nunca. Mas fácil foi fazer parir um partido.

Escrevi um artigo há meses em que dizia e chamo atenção a Daviz Simango para ter cuidado com "chifanhanas", tal qual ferraram Dhlakama não teriam dificuldades em lhe ferrar. Conheci pessoas na Renamo (pessoas que juravam fidelidade e até amor ao líder da Renamo) hoje, hoje, zás, bazzaram.

Se queres ver o rabo da galinha, ou sopras em seu redor ou esperas que faça ventania. Meia palavra basta, para um bom entendedor.

Zicomo

Nunoamorim disse...

Agora fundam-se partidos por questões estomacais.
O Cornélio Quivela não conseguiu assento na Assembleia da República e como retaliação fundou partido.
Raul Domingos foi expulso da Renamo e como retaliação fundou partido.
Daviz foi impedido de concorrer ao Municipio da Beira, como retaliação fundou partido.
O Ricardo Viana foi exonerado da LINK, forum de ONGs, como retaliação fundou partido.

Para onde vamos nos?

Reflectindo disse...

Caro Nuno Amorim,

De facto no no WamphulaFax está isso que dizes: dissidentes da Renamo, MDM e PDD. Os nomes dos principais promotores da iniciativa provam isso.

Quanto à questão de abandono do MDM eu acredito que é prioritário na agenda da liderança para uma análise e reflexão profunda.

Ps. obrigado pela felicitação, embora eu ainda não saiba em que fóruns.

Abraço

Reflectindo disse...

Caro Viriato,

Só se condena a actos criminosos, anti-sociais ou anti-humanos. E ser formar um partido um crime nas leis vigentes de Moçambique? Termo mal empregue?

"Sempre defendi que para se formar um partido político os seus "pais ou mães" deveriam, antes de mais, provar idoniedade, trabalho comunitário, corrículo, etc..." (Viriato escreveu),

1) O que defendeste sempre julgo ser APENAS uma opinião pessoal que nunca deve constituir uma lei. A lei dos partidos políticos existe e ela é conforme a Constituição da República de Moçambique.

2) A tua opinião cheira Anti-democrática e tendencialmente de carris monopartidarista. Afinal, nenhum pretendente para a criação de um partido teria a possibilidade de provar idoneidade, trabalho comunitário, currículo, etc... isto tudo tem a possibilidade e sobretudo facilidade quem passa pelo partido.

"Escrevi um artigo há meses em que dizia e chamo atenção a Daviz Simango para ter cuidado com "chifanhanas", tal qual ferraram Dhlakama não teriam dificuldades em lhe ferrar." (Viriato escreveu):

1) Quem são os "chifanhanas" que ferraram Dhlakama?

2) Como são definidos os "chifanhanas"?

3) Como agiram os "chifanhanas" no caso de Dhlakama? Como agem no caso de Daviz?

"Conheci pessoas na Renamo (pessoas que juravam fidelidade e até amor ao líder da Renamo) hoje, hoje, zás, bazzaram. ) Viriato escreve)

Seria interessante sabermos quem são essas pessoas.

NOTA: Na minha opinião Daviz e o MDM tem a ganhar se for a analisar e reflectir com profundidade sobre o que está errado e CORRIGIR ISSO MESMO.

V. Dias disse...

Reflectindo,

É a segunda vez que você me leva à um campo que não quero. Eu não gosto de citar nomes, somente em casos esporádicos. Fica mal estar a mexer no vespeiro, sobretudo quando o que se pede é tranquilidade democrática.

Eu bem sei que o chamuale percebeu tudo o que aqui escrevi. Tudo e sabe quem são essas pessoas. O tempo vai determinar quem são esses chifanhanas. Existe. Sair da toca é coisa de dias. Sabe, SAMORA dizia que gato é gato, o rabo tem de ficar de fora, sempre, para abanar. Não é que fica mesmo?

Chamuale, você está a amar demais o MDM como se fosse sua "propriedade", coisa que não devia. Ninguém gosta mais deste partido do que todos; meu cunhado costuma dizer que ama em execesso é falso, espero e acredito que não seja o seu caso. Acredito mesmo porque conheço a sua integridade. Só pedia-te que fosses mais cauteloso em certas análises sobretudo quando o assunto é o MDM. Calma! Tá!!!

Este partido é de gente frustrada. De pessoas que não tem mais o que fazer. Se pode fundar partidos, porque é que não podem também acabar com os problemas estomacal dos seus? Volto a questão do MDM, um partido não pode ter advogados nem paternidade ou maternidade, o povo é quem deve dirigir, caso contrário será made in Daviz ou como o é a Renamo. Você deve aprender que aquilo que reluz também pode queimar.

Zicomo

V. Dias disse...

Gostaria de debitar consigo ideias progressistas e não sobre aquilo que o chamuale sabe que tenho razão. Não vamos em pública debitar coisas vãs, porquanto só e só prejudica o país e prolifera o ambiente.

O Amorim disse tudo, tudo, e gostei.

Zicomo

Reflectindo disse...

Caro Viriato

1. Estou te questionar apenas para com profundidade analisares no que escreves. Ou seres claro nisso que escreves.

2. Em algumas coisas pode ser que tenhas razão, mas que simplificas demais o que pode criar problemas para alguns actores políticos simplistas.

3. Há questões que acho precisares de rever as regras democráticas, porque na realidade todos os problemas de partidos da oposição em Mocambique têm origem à falta de aplicação de regras democráticas. As liderancas não dão conta o nível de conhecimento do eleitorado e muito menos a globalizacão.

4. É possível que tenhas razão que eu ame demais o MDM, mas uma coisa, não sou acrítico e nunca evitei de criticar ao que acho estar errado. Não tenho razão para fazer isso. Repara a nota que faço no meu comentário em reacção ao teu. Apelo à liderança do MDM para uma análise e reflexão profunda para descobrir-se o que está de errado. Não sou da opinião que a liderança ande por aí a pensar que os que abandonam o partido são os que fazem ou faziam problemas no MDM.

5. Não julgo de querer fazer-me passar de quem mais o MDM. O que acho e digo com franqueza é que o MDM tem que se guiar por princípios democráticos, transparência e que seja partidos de TODOS OS MOCAMBICANOS do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico.

6. Por exemplo, dizes que este partido [PAHUMO] é de gente frustrada... Até aqui concordo contigo. Mas eu prefiro parar por aqui e começar a reflectir sobre o que fez ou faz FRUSTURAR essa gente??? O meu amigo Viriato gosta de agredir e violentamente os outros, mas estou procurando fazer-te ver que isso não é bom. O novo partido dos "frustrados" pode morrer prematuro, mas precisamos de reflectir sobre o que pode fazer-lhe morrer.???

7. "Volto a questão do MDM, um partido não pode ter advogados nem paternidade ou maternidade, o povo é quem deve dirigir, caso contrário será made in Daviz ou como o é a Renamo." (Viriato)

Esta afirmação importantíssima é nova em ti, sobretudo nos últimos meses. É interessante que coincida com o que tenho defendido ou estarei a compreender-te mal?

Abraços

Reflectindo disse...

Caro Nuno Amorim,

"Agora fundam-se partidos por questões estomacais." (Amorim)

Tenho dificuldades de concordar contigo, pois que pode não se fundar partidos por questões estocamais, portanto o inverso. E este contrário pode ser mais provável e frequente do que a tua afirmacão original.

Ora, não vejo o que ganham os que fundam novos partidos porque só isso não gera dinheiro nem melhor emprego ou nem ajuda para fazer carreira profissional. Talvez crie pobreza e consequentemente problemas nas famílias dos promotores da iniciativa. É só imaginar quem paga as despesas disto e daquilo...

Vamos compreender os casos de muitos daqueles que criam partidos, por exemplo, Raúl Domingos, Daviz Simango, Cornélio Quivela e até pode ser (preciso de reflectir muito sobre esté) o caso de Viana Magalhães.

Mas uma vez, penso que o melhor seria analisarmos sobre as "frustracões" (como Viriato chamou) que originam a criacão de novos partidos.

V. Dias disse...

Para o que julgar que pequei ou naquilo que achar que fui violento, peço condescendência de V., pois não foi nem podia ser a minha intenção. Pode crer. Já o disse a si e tantos que me lêem que o respeito "maningue".

Não é a si propriamente que me dirijo, sabe V. que sou contra o facto da política ser encarada como profissão no país. Não pode ser. Quando a política entra no campo da profissão vira "dumanengue de chungamoyo". Não pensa que esses senhores fundam partidos porque estão preocupados com o povo - se estivessem, estariam a tapar buracos na estrada com o dinheiro que levam a criar esses partidos papagaios e / ou cogumelos - a intenção e de aparecer, de brilhar e ter auto-estima, mas também é um passaporte que lhes permite amealhar algum.

Eu sou contra isso. Sou contra a ideia de fazer parir um partidos sem futuro, sem leme, sem destino, sem prespectiva. Achas que esse partido vai mesmo sobreviver? Achas? E onde vai buscar dinheiro para se auto-sustentar? Pois é, esse dinheiro porque não pode ser investido noutros projectos sociais, ou que se criasse associação, mas não, ganância exarcebada. Macacos que me mordam, isto deixa-me triste.

Não vão ao lado nenhum. Foram notícias por 1 dia e pronto. Morrem ai. O PDD onde é que está? Sabe porque é que o MDM sobrevive? Quer saber? Porque nasceu do descontentamento do povo como a terceira força. Daviz foi como obrigado a fazr parir um partido, e quando assim acontece não morre. Está ai e fazer sombra a Frelimo. Eu até quis mais de uma vez ser membro deste partido (o que seria pela primeira vez a me filiar propriamente a um partido) mas vi, ao longo do tempo, que os ambiciosos estavam na frente, estavam ali muita gente ganaciosa que queriam tirar partido do bolo ou de cargos, enfim, recuei.

Sou académico no sntido de que cultivo a mente, sou especialista em património e bem podia ajudar o MDM e a Beira a dar saltos, mas não, aprendi que na vida ter razão antes da hora é perigoso. Não sou ganacioso ao ponto de, frustrado, fundar o que quer que seja, ou andar por ai a lacrimejar. Este fundador do partido sei lá como se chama, apanhará trombose como todo o resto que sonhou em ser herói. AVISEI EU, como diz o meu povo nhungwe.

Zicomo e fervorosos abraços, TERMINO.

Reflectindo disse...

Viriato

Muita mistura com ideias alheias.

Estou me questionando de mim para mim se a seguinte ideia é tua: "Volto a questão do MDM, um partido não pode ter advogados nem paternidade ou maternidade, o povo é quem deve dirigir, caso contrário será made in Daviz ou como o é a Renamo."

Para bem te dizer, tenho um hábito, talvez mau, de me lembrar o que as pessoas escrevem e a partir daí ter uma ideia sobre elas.