quinta-feira, maio 13, 2010

Cobertura jornalística em Nampula à visita do PR está condicionada às relações com Frelimo

Nampula (Canalmoz) – O chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, inicia hoje uma visita de cinco dias à província mais populosa do país e por sinal o maior círculo eleitoral. A cobertura jornalística está condicionada por razões políticas, ou seja, partidárias. Os órgãos de informação independentes, aqui representados, estão fora da maratona, tudo porque, alegadamente não têm estado a trabalhar lado a lado com os interesses do partido Frelimo.
Uma fonte do Canalmoz no comité provincial do partido Frelimo em Nampula, avançou que “este ano os órgãos independentes ficaram de fora porque gostam de escrever coisas que comprometem a província, por isso decidimos deixá-los de fora para ver se aprendem”.
A maratona de Armando Guebuza começa hoje por um período de cinco dias e a população aguarda ansiosamente a presença do PR para informar que os seus representantes nada fazem para melhorarem as condições de vida dos moçambicanos.
A população quer igualmente que o chefe do Estado se pronuncie sobre as reais motivações da introdução do então Fundo de Investimento das Iniciativas Locais (FIIL), agora Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), nos distritos, quando na verdade, o mesmo serve para que os administradores distritais paguem os seus caprichos. (Aunício da Silva)

Fonte: CanalMoz 2010-05-13

Reflectindo: Para onde é levaram aquele discurso da tomada de posse  ou seja Discurso de Investidura de Armando Emílo Guebuza a 14.01.2010? Será que tanto os governantes como os membros do secretariado do Comité Provincial de Nampula não leram este discurso? A minha sugestão é de os jornalistas imprimirem este discurso para mostrar aos que confundem assuntos de Estado aos partidários. Aliás, colar nos dísticos para que seja o discurso seja lembrado por todos os cidadãos.

10 comentários:

Chauque disse...

a província de Maputo é a que tem maior controlo do governo porque aqui há fogo, veja que só por ontem ter morrido uma criança no hospital de chamanculo por desleixo e abuso dos funcionário do hospital de chamanculo e a população ter feito uma revolta bem forte, hoje a vice ministra da saúde e a governadora da cidade, imediatamente foram ate ao hospital para investigar o caso directamente frente da população e jornalistas e admitem que houve negligencia,e se fosse outra província? e o que acontece em outras?
e essas outras são as que mais mandam com muita força não querem neguem por la porque enganam que eles é que são os donos dão partido como os que mais lutaram, malandros

JOSÉ disse...

Esta preocupante notícia revela bem que há uma promiscuidade aberrante entre o Estado e o Partido Frelimo e levanta algumas questões pertinentes.
Armando Guebuza visita Nampula como Presidente da República ou Presidente da Frelimo?
Quem pode negar que certos sectores da Imprensa continuam a ser vergonhosamente manipulados pela Frelimo?
Onde está o discurso conciliatório e abrangente de Armando Guebuza?

V. Dias disse...

Reflectindo,

Onde é que o Deviz está, como líder do MDM, ou o Mussá para condenar isso? Estão sempre à espera que a imprensa, o canal moz faça por eles. É assim que o MDM, aquele partido que eu acredito, quer vencer as eleições? Ah, eu sei onde é que estão: estão à espera das próximas eleições.

Zicomo

Reflectindo disse...

Caro Chauque

Tenho dito, e, deve recordar disso, que capital dum país em si é CAPITAL de tudo. Portanto, Maputo é centro e o governo tem consciência disso.
Os governantes sabem que algo que acontece em Maputo é visto e provado imediatamente pelo mundo todo.
Massacre do tipo Mogincual nunca acontecerá na cadeia civil da Machava. Se acontecer haverá imediatamente a remodelacão do governo.

O que aconteceu em Montepuez e Mocimboa da Praia nunca acontecerá em Maputo, pois se isso acontecer, declar-se-à uma crise política no país.

Agora, estas brincadeiras que se fazem lá em Nampula, nunca se fariam em Maputo.

Infelizmente, há políticos que não entendem isto.

Espero que o MISA investigue a situacão jornalista em Nampula.

Um abraco

Reflectindo disse...

Caro José

Sem dúvidas isto é preocupante. É uma situacão que precisa de denúncias e de engajamento de muitos sectores para o seu combate. A amargura da vitória retumbante da Frelimo será mais sentida nas províncias, enquanto que em Maputo, na capital do país, a Frelimo fará tudo por tudo para fingir democracia.

Reflectindo disse...

Caro Viriato,

Excelentes perguntas essas, mas quem pode responder são eles.

Alguma coisa leva-me a acreditar o que algumas vezes o sociólogo Elísio Macamo disse que partidos políticos não podem ser necessariamente o "fim da democracia". Na situacão actual do país, a sociedade civil tem que se emancipar e se fortalecer para tomar a sério o seu papel.

Abraco

Anónimo disse...

A Província de Nampula, tem estado sob "tensão" desde a mudança do PR do Partido Renamo e o séquito, para Nampula.
Há muitas "batatas quentes" na província mais populosa de Moçambique.
A crítica política, nesta momento, tem pouco efeito na população.
Perde consistência pelo imediatismo- o tempo pode remediar, mas não curar as feridas da lembrança.
E um aproveitamento político pode ser mal interpretado.
Deixe o próprio povo julgar o Governo do dia.
Os jornalistas em Moçambique, conduzem a sua actividade profissional com empenho possível, sem fugir à risca, porque alguns já estiveram em Tribunais por "fofocas".
Há manipulação,outrossim, e "muitos aceitam" , porque o estômago os obriga.
É muito difícil teorizar nos "media" a liberdade consciente , num País, onde um prato de comida, ou um presente(camisete), podem "subornar" a consciência .
A eliminação da pobreza poderá alienar para um modus vivendi diferente, sem que se confunda ( ou limitando) partido político e funcionário do Estado.
Até lá, o combate para minimizar a pobreza continua,talvez sem fim à vista(porque pode alienar/(ou eliminar) o sistema).


Zacarias Abdula

Reflectindo disse...

Caro Zacarias,

Posso concordar consigo que a tensão se deva à fixacão de residência de Afonso Dhlakama naquele ponto do país.

1. Mas ainda podemos nos questionar do porquê isto nunca aconteceu em Maputo onde Dhlakama sempre viveu? Estranhamente, a presenca de Dhlakama em Nampula é despercebida aos citadinos de Nampula.

2. É mesmo estranho que tanto o governador como o Primeiro-Secretário do Comité Provincial da Frelimo admitam coisas daquelas. a) São pessoas que deviam mostrar mentes livres. Eles podem viver pela academia. a)Ambos não têm razão para ver Nampula com mau nome.

3. Fome/pobreza - grande razão de confusão Partido-Estado.

Bom fim de semana!

Anónimo disse...

Conheço o Aunicio Silva, é especializado em menticia. Acho que é um dos jornalistas que mais inventa para poder vender

Reflectindo disse...

Caro anónimo

E onde estão os factos para nós acreditarmos em ti?

Sugiro no mínimo que assines com um pseudonome o comentário desmentindo com factos o Aunício da Silva para melhor confrontá-lo.

Enquanto não vieres com factos mantenho-me acreditando no Aunício e a julgar-te um dos que preparou a visita com jornalistas na sede do comité provincial.

Um abraco democrático