quarta-feira, junho 09, 2010

Sessão do Conselho de Ministros abstém-se do “caso Bachir”

O Conselho de Ministros, reunido ontem na sua 19.ª sessão ordinária, ignorou por completo a acusação que pesa contra o cidadão moçambicano Mohamede Bachir Sulemane, que é classificado como “barão da droga” pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos da América. No informe habitual, na sessão de ontem, o ministro das Pescas, Victor Borges, disse que o “caso Bachir” não foi objecto de análise. Ele alegou que o mesmo será tratado pelas instituições competentes para o efeito, tendo apontado a Procuradoria Geral da República.
Por outro lado, Victor Borges negou revelar se o Governo norte-americano já teria comunicado oficialmente, ou não, ao Governo moçambicano o assunto do patrão do MBS, para que a Procuradoria da República possa levar a cabo o seu trabalho de investigação.
“As instituições apropriadas do nosso país vão cuidar desse assunto, por isso devemos aguardar pelas informações que elas vão dar. Moçambique é um Estado de Direito e tem instituições de direito para cuidar desse tipo de assunto, e no devido momento vão trazer as informações”, disse Victor Borges, recusando dar mais informação oficial do Governo de Moçambique sobre o assunto que ocupa a imprensa moçambicana há uma semana, desde que foi conhecido no país o despacho do presidente americano sobre os cinco novos nomes da Lista 1 do Departamento de Tesouro dos EUA, de “barões da droga” e indivíduos envolvidos em “lavagem de dinheiro”. (Egídio Plácido)

Fonte: CanalMoz - 09.06.2010

Reflectindo: pelo que me lembro, esta sessão Conselho de Ministros teve um novo porta-voz...

10 comentários:

Nunoamorim disse...

"As autoridades norte-americanas forneceram “todas as informações necessárias” ao governo de Moçambique (…) assegurou hoje o executivo de Maputo.
O porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Vítor Borges, disse aos jornalistas que “as instituições relevantes terão tido todas as informações necessárias para poder agir” e que “a instituição apropriada (Procuradoria-Geral da República) está a trabalhar nisso.” Reflectindo, 09.06.10 citando CanalMoz

“Por outro lado, Victor Borges negou revelar se o Governo norte-americano já teria comunicado oficialmente, ou não, ao Governo moçambicano.” Reflectindo, 08.06.10, citando Noticias Lusófonas.

Reflectindo,
Em que é que ficamos: O porta-voz do Conselho de Ministros negou revelar se já tinham recebido a informação ou declarou que as instituições relevantes já tinham toda a informação necessária?

Cuidado com as tua fontes

Nuno

V. Dias disse...

Hehehehehe, visto, passa.

Eu é que estou farto. Já dizia alguém, o tempo é o meior inimigo do homem. Fazer o quê. Conselho de quê mesmo? Ministros? Já alguma vez fez algo^? Só no tempo da ditadura, ah sim, isso Samora Machel.

Zicomo

Nunoamorim disse...

Caro Reflectindo,
permita-me parabeniza-lo por teres retiradoa a censura...acabou vencendo o bom senso.

Espero que não voltes a censura nas vesperas dos proximos pleitos eleitorais.

Nuno

Reflectindo disse...

Nuno

Eu trouxe os artigos inteirinhos que é para qualquer leitor posso lê-los e discutir sobre o conteúdo. Podes clicar e vais ver. Só que,

1. Não sei porque o Nuno comete um grande erro trocando as fontes e as afirmações?

2. Quanto as duas peças podem ter as mesmas ou diferentes leituras dependendo da interpretacão do leitor. Para a ambiguidade deve vir do porta-voz do Conselho de Ministros e quicá propositado.

3. Ora Nuno Amorim, uma coisa é afirmar em ter informacões necessárias para agir (penso que o Governo de Mocambique teve isso desde que soube das alegacões) e, a outra é afirmar ou não se o Governo Norte-americano comunicou oficialmente. Esta última afirmacão é importantíssima para mim e muitos outros mocambicanos.

Agora, diz-nos caro Nuno se o nosso Governo foi ou não comunicado OFICIALMENTE pelo Governo dos EUA???

JOSÉ disse...

A pergunta é muito simples: o Governo foi oficialmente informado pelos Estados Unidos? Se a resposta é evasiva ou ambígua, o problema não pode ser de quem questiona.
Fiquei intrigado por o porta-voz ter sido Vítor Borges e não Alberto Nkutumula.

Anónimo disse...

Não fiques intrigado José,
O Alberto Nkutuma está fora do país, em missão de serviço.

Qual é a relevancia se o porta-voz é Nkutumula, Banze ou Borge?

JOSÉ disse...

Obrigado ao Anónimo pelo esclarecimento. A relevancia é que Nkutumula é um distinto jurista e criminologista e possivelmente não se iria refugiar em respostas evasivas e ambíguas.
Mas eu continuo questionando: os EUA comunicaram oficialmente ao Governo ou não?

Reflectindo disse...

Anónimo

Há relevância sim e a sua substituição em momento crucial pode nos levar à especulacão.

Ainda que escreves em anonimato, não acredito no que dizes. Alberto Nkutumula é vice-ministro e as suas saídas para fora e dentro do país são oficiais. Há onde tenha sido comunicado o que estás a dizer? Como podes ser minha fonte?

Como é possível que um anónimo (que és) vai saber de assuntos protocolares do nosso governo?

Se és do governo, escreve o teu nome e o cargo que tens. Se sendo do governo transformas-te em ANÓNIMO. evocando assuntos protocolares do governo é MUITO deselegante. Afinal tens medo de quê?

Anonimato é justo para pessoas que falam por si, não públicas.

Caro anónimo, estou tentando ajudar-te a distinguir as coisas.

Anónimo disse...

Ajudei a esclarecer a inquietação do José.
Relativamente as tuas outras questões, és livre de pensar o que quiseres.

Gostei ta tua teoria de conspiração, insinuando que a substituição do Nkutumula poderia estar relacionada com o caso MBS.

Reflectindo disse...

"Gostei ta tua teoria de conspiração, insinuando que a substituição do Nkutumula poderia estar relacionada com o caso MBS."

Só tu não sabes o que eu penso nem um outro pensa sobre essa relacão.