sábado, dezembro 18, 2010

Moçambique, Imagem e Identidade ( 8 )

Por: Abdul Karim, Índia,
17/12/2010

Continuando a desenvolver a credibilidade e introduzindo o que no branding se chama de “Brand Associations”, que no caso de Imagem e Identidade de Moçambique poder-se ia designar de :

Associações de Credibilidade - são “parcerias” ou “acordos”, que permitem a “transferência” de credibilidade entre as “instituições” envolvidas, e essas associações podem também por sua vez, serem positivas ou negativas, conforme o desejo e estratégia de quem pretende, ou não, credibilidade.

Associações de Credibilidade Positiva:

São feitas normalmente entre “instituições” credíveis, para criar sinergia e reforço de credibilidade , podendo sempre uma beneficiar-se mais que a outra, mas ambas “instituições beneficiam. Neste tipo de associação ambas “crescem no activo”.

Associações de Credibilidade Negativa:

São normalmente associações que feitas entre duas ou mais “instituições”, em que uma, no mínimo, tem credibilidade negativa, e que gera “descrédito” para todos os intervenientes da “parceria” ou dos “acordos”.

Note que ‘e sempre vantajoso para uma instituição de credibilidade negativa, a “parceria” ou “acordo” com outra instituição com credibilidade” positiva, pois permite ‘a “com credibilidade negativa” receber por “transferência” a credibilidade positiva do parceiro. Ou seja, “transfere o passivo” para o parceiro e recebe o “activo do parceiro”.

Enquanto que para a instituição com credibilidade positiva ‘e sempre um mau negocio pois , se por um lado “transfere” a sua credibilidade positiva, por outro lado, recebe a “credibilidade negativa” do parceiro. Ou seja, “transfere o seu activo” para o parceiro e recebe o “passivo do parceiro”, em troca. Neste tipo de associações todos “crescem no passivo”,

Num caso destes, normalmente as instituições com credibilidade positiva “rompem a “parceria” ou “acordo”, por forma a não “transformarem” o seu activo, em passivo.

Se bem que no caso de Imagem e Identidade esse tipo de associações negativas ‘e muito pouco usual, nem se põe em causa a possibilidade duma associação de credibilidade negativa, pois qualquer “instituição” que trabalhe com Imagem e identidade, protege a sua credibilidade pelo simples facto da mesma credibilidade ser seu o principal activo. A não protecção de credibilidade revela apenas que a “instituição” não sabe, ou não quer, trabalhar a sua Imagem e Identidade e não tem noção do seu principal activo.

O Caso de “Parceria” do Governo de Moçambique – MBS ( 2010 ).

‘E “publica” e conhecida a “parceria” entre o governo e MBS, que ate muito recentemente o MBS “beneficiava” da credibilidade do governo, mas depois da “nomeação” do MBS na lista da OFAC referentes a “barões de droga”, vemos a situação do governo ter começado a “receber” a “descredibilidade” da MBS.

Tínhamos numa primeira fase, em que governo transferia o seu activo em credibilidade para a MBS e a MBS beneficiava grandemente da “transferência”, agora temos a situação em que governo passa a receber o “passivo” da MBS, e com isso perde em grande medida a credibilidade, gerando a credibilidade negativa para ambos, o governo e MBS.

‘E no entanto curioso, o facto de o governo manter, ate ao momento, a estratégia de “parceria” com a MBS, e por em “questão” toda a Imagem e Identidade dum pais, assim apresento em 3 tempos, a estratégia e os possíveis “resultados” da associação de credibilidade negativa de ambos:

Passado:
O governo saiu em defesa do seu parceiro, pondo em risco a sua credibilidade.
De notar, que numa eventualidade o governo tivesse “rompido” a “parceria” com a MBS e tivesse tido uma atitude diferente no caso da “nomeação” pela OFAC, as “possibilidades” de defesa da credibilidade hoje, face as divulgações da WikiLeaks, seriam sem duvida maiores, e a Imagem e Identidade do pais, não estaria hoje, com certeza, no “estado” que se encontra.

Presente:
A “situação”, torna com certeza negativa a credibilidade do governo, e mais recentemente pelas divulgações da WikiLeaks começa a “comprometer” os “chefes” do governo, que a determinada altura fizeram questão de “mostrar-se” também como “parceiros preferenciais” da MBS, e que transferiram também a sua credibilidade pessoal para a MBS, e agora colhem os “dividendos negativos e pessoais” ou o “passivo” da MBS.

Futuro:
E assim, a continuar, a credibilidade do governo vai tornar-se negativa também, e a questão das futuras “parcerias” de credibilidade do governo, vão deixar de ser “vantajosas” para seus “parceiros”, ficando o governo com um enorme passivo em credibilidade, assim passara o governo a ter uma situação nada favorável e de difícil recuperação, podendo de todas formas influenciar a “performance” do governo nos próximos tempos.

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