domingo, dezembro 19, 2010

Mugabe é nomeado por seu partido às presidenciais de 2011

O chefe de Estado zimbabuano, Robert Mugabe, de 86 anos, foi nomeado por unanimidade por seu partido candidato às próximas eleições presidenciais, previstas para 2011, ano rejeitado pela antiga oposição.
"A conferência elegeu por unanimidade o presidente como candidato do partido às presidenciais para as eleições gerais de 2011", segundo as deliberações da União Nacional Africana do Zimbabwe-Frente Patriótica (Zanu-PF), anunciadas no final do seu congresso anual, em Mutare (este).
"A conferência decidiu que, quando expirar o acordo de partilha do poder (...), o país deverá organizar eleições gerais em 2011", acrescentou.
O Movimento pela Mudança democrática (MDC, antiga oposição), analistas e diplomatas ocidentais advertiram que a celebração das eleições em 2011 poderia mergulhar o país no caos como ocorreu em 2008. A derrota da Zanu-PF nas legislativas daquele ano desencadeou episódios violentos que deixaram 200 mortos nas fileiras da MDC, segundo este partido.

Fonte: Angolapress - 19.12.2010

4 comentários:

V. Dias disse...

Bem, agora que os farmeiros já foram corridos não vejo a razão dessa candidatura.

Zicomo

Reflectindo disse...

V, Dias

Um dia havemos de saber a razão que faz Mugabe a não abdicar o poder. Não penso que o problema seja farma e farmeiros.
Uma vez, ver aqui e aqui, Jorge Saiete sugeriu-nos para reflectir sobre o que faz com o que muitos líderes africanos não largam o poder. Veja os comentários.

V. Dias disse...

Boas análises, porém, nem tudo posso levar à letra...

Zicomo

Reflectindo disse...

Não se pode levar tudo a letra, pois que estes são apenas pontos de reflexão. Possívelmente ninguém assume. O líder pode achar que é por amor, por ele fazer maravilhas para o país todo e os beneficiários podem pensar que o resto da população sente o mesmo que eles, não lhes interessando se a maioria come cinza enquanto eles chupam o mel.
A base da análise pode ser como vemos e debatemos sobre o nosso próprio país, os nossos próprios dirigentes.
Por acaso, é por isso que é bom ter regras democráticas bem definidas e não forcadas pelos beneficiários.