terça-feira, abril 26, 2011

Maria Moreno diz não pretender voltar para a Renamo

A antiga Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Maria Moreno, diz estar feliz por ter abandonado esta formação politica e filiar-se a uma outra, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Moreno disse que jamais pensou em regressar a Renamo, apesar de manter contactos com o líder deste que 'e o maior partido político da oposição no país, Afonso Dhlakama.

“Não voltei e nunca pensei em voltar para a Renamo. Estou muito feliz com a minha decisão. Falo com o Presidente Dhlakama porque o conheço há 30 anos”, afirmou Moreno, contactada pela AIM.

Entretanto, há informações que vêm sendo divulgadas por alguma imprensa nacional dando conta de que Maria Moreno estaria arrependida por ter deixado a Renamo, estando a negociar o seu regresso.

Tais informações referem que, semana passada, ela teria sido recebida por Dhlakama num encontro a seu pedido com o objectivo de manifestar o seu arrependimento por se ter filiado ao MDM, partido liderado pelo actual edil da cidade da Beira, na província central de Sofala, Deviz Simango.

Por outro lado, as mesmas informações indicam que Moreno terá proposto a Afonso Dhlakama parceria empresarial para a exploração conjunta de minas de Granada em Chiúta, Mecanhelas, e Cuamba, na província de Niassa, extremo Norte do país.

Moreno garantiu a AIM que foi recebida semana passada por Dhlakama na residência deste em Nampula, Norte do pais, para tratar de negócios e não para manifestar arrependimento.

“Estou a intermediar um negócio entre o Presidente Dhlakama e um grupo de empresários estrangeiros interessados na exploração de pedras preciosas”, disse a ex - parlamentar pela Renamo.

Maria Moreno, que na passada legislatura da AR foi chefe da Bancada da Renamo, deixou o partido pouco antes das últimas eleições, filiando-se ao MDM.

No MDM, Moreno não chegou a ocupar posição de relevo, alegadamente porque no partido de Simango as nomeações são feitas segundo o critério tribal, com os ‘Ndaus’ a ocuparem posições de destaque.

Alias, este aspecto está a provocar crise interna no partido e o Secretário-geral do MDM, Ismael Mussa, já apresentou o seu pedido de demissão do cargo.

Ler também este artigo aqui.

Fonte: (Rádio Moçambique /AIM) - 26.04.2011

6 comentários:

V. Dias disse...

Mais um problema estomacal. Eu deixo claro aqui ao meu amigo Reflectindo, nas próximas eleições não voto em ninguém. Fico em casa. Estou farto destas caras e dos mesmos problemas. Chega, pá.

Zicomo

Reflectindo disse...

V. Dias

Em democracias maduras, a existência de partidos depende do apoio pelo eleitorado, mas não sei se é isso também em Moçambique. Se fosse isso, continuariamos com quase MEIA CENTENA de partidos?

Em democracias maduras, a abstenção é repúdio ao partido no poder e aos partidos da oposição, mas não sei se é o mesmo em Moçambique. Se fosse isso poderia-se falar de vitórias retumbantes quando a participação é mesmos de 25 %? Se fosse isso, os partidos que não conseguem sequer 1 % de eleição em eleição, poderiam continuar a fingir que existem?

E quando tudo já experimentámos, será que temos que continuar a tomar posições aparentemente fáceis, mas que na verdade devem ser as mais complicadas?

O que é que falta experimentar que até nem é preciso ser uma invenção nossa?

Aos partidos tenho dito que enquanto continuar-se com estilo de liderança partidária tradicionalmente africana, isso como se propala, nunca se deve esperar algum sucesso de PARTIDOS CIVIS emergentes, ou não serão muitos a terem essa sorte. Tenho receio que o tido como estilo tradicional de partidos africanos não seja o anseio do maior potencial eleitoral.

Portanto, meu amigo V. Dias, duvido se é que involuntariamente não estás adiando o processo democrático moçambicano.

Abraço

JOSÉ disse...

O que está em causa é a descarada desinformação protagonizada pelo Domingo e repetida pela RM.

"Tenho receio que o tido como estilo tradicional de partidos africanos não seja o anseio do maior potencial eleitoral".

É isso mesmo, eu assino por baixo!

Reflectindo disse...

Uma atitude de má fé fazendo-se passar por um órgão de imprensa deve merecer repúdio.

V. Dias disse...

Esttava difícil para postar comentários nos blogs de tal maneira que este demorou a chegar.

Enfim, estou sem palavras. Vou ver se coloco o cérebro na geleira para arrefecer e depois volto.

Zicomo

Reflectindo disse...

Pode ser que o google tenha tido problemas.