terça-feira, maio 03, 2011

Agentes da ordem e segurança pública ou da desordem e insegurança pública?

O Jornal @Veradede publicou um artigo aqui sobre “tentativa” de violação sexual a uma jovem, detectada por um repóter fotógrafo e uma atitude duvidosa de diversos agentes da corporação na 1ª esquadra e comando da Cidade de Maputo a quem o repórter denunciou. Eis o artigo:

Agentes da PRM surpreendidos numa violação "roubam" material fotográfico

Repórter fotográfico surpreende agentes da Policia da Republica de Mocambique a violarem uma jovem mas tem o seu equipamento fotográfico "roubado" pelos agentes.

Domingo 1 de Maio de 2011, cerca das 12 horas o reporter fotográfico do jornal @Verdade de regressava da cobertura do desfile do Dia do Trabalhador, decorrido na praça dos trabalhadores na baixa da cidade de Maputo. A pé o jovem Miguel caminhou pela avenida 25 de Setembro para subir as barreiras em direcção a zona do Museu da História Natural.

Enquanto caminhava no fim da rua onde se situa o novo edifício da Vodacom o fotografo repara em dois agentes da Policia da Republica de Mocambique (PRM) que caminhavam alguns metros a sua frente acompanhados por uma moca que aparentava 25 anos. Repentinamente os agentes saem da estrada e entram para a zona dos arbustos onde existe uma pequena construção. Quando se aproxima do local o fotografo apercebe-se que algo de anormal se estava a passar e aponta a câmera e começa a fotografar: dois agentes da PRM que tentam violar a jovem.

Porém o fotografo não se apercebe de um terceiro agente da PRM que caminhava atras de si e, vendo-o a fotografar os outros agentes, vem na sua direcção e obriga-lhe a parar de fotografar e avisa os companheiros que param a tentativa de violação.

Imediatamente o fotografo começa a ser intimidado a entregar a máquina fotográfica ao que ele se recusa. Mas olhando em redor e não vendo vivalma o fotógrafo sente-se ameaçado e negocia com os policias a possibilidade de apagar as imagens que acabara de fazer. Os policiais não aceitam e exigem o cartão de memória da máquina fotográfica. Muito assustado o fotografo acaba por entregar o cartão de memória.

Os agentes, que nao traziam identificação mas traziam armas, já na posse do cartão mandam o fotografo dirigir-se a 1ª esquadra para recuparar o cartão de memória mas que deve ter cuidado com o que vai dizer e obrigam-no a abandonar o local imediatamente.

Miguel dirige-se a 1ª esquadra onde conta o sucedido porém como os policias não traziam identificação não pôde indicar os seus nomes.

O oficial de serviço na 1ª esquadra, também sem identificação, sugere que o fotografo dirija-se ao comando da cidade pois seria pouco provável que os policias que ficaram com o seu cartão fossem daquela esquadra. O fotografo vai ao comando onde é recebido no exterior por quatro agentes, que também não tinham identificação, e que dizem-lhe que o comando esta fechado, ninguém estará lá até terça-feira.

O fotografo rergressa a 1ª esquadra para registar queixa do sucedido. Entretanto os seus colegas de Miguel já estão com ele na esquadra e o tratamento dos oficiais, que inicialmente era de tentar ignorar a queixa e levar mesmo o fotógrafo a desisitir pelo cansaço de apresenta-la, passa a ser de maior cooperação chegando mesmo o inspector a convocar os agentes que neste dia estavam de serviço para que Miguel, e os seus colegas do Jornal, tivessem certeza que o crime por ele testemunhado não fôra cometido por agentes da 1ª esquadra.

Registada a queixa agora Miguel irá ao Comando da PRM da cidade de Maputo, na terça-feira, pois pelos vistos as autoridades policiais também gozam o feriado. Entretanto Miguel espera que a sua intervenção tenha chegado para impedir a violação e talvés a jovem que esteve nas mãos dos agentes da PRM leia estas linhas e possa apresentar-se e ajudar a identificar estes violadores que não só não podem continuar nas fileiras da PRM mas devem ser julgados e condenados pelo seu crime.

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