quinta-feira, outubro 20, 2011

Autoridades líbias anunciam que Kadhafi está morto

O porta-voz do Conselho Nacional de Transição anunciou a morte de Kadhafi. O ex-ditador líbio foi morto pelas forças do novo regime num ataque contra o último reduto de resistência na sua cidade natal, Sirte.
"Anunciamos ao mundo que Kadhafi foi morto pelas mãos da revolução", declarou o porta-voz do CNT, Abdel Hafez Ghoga.
"É um momento histórico. É o fim da tirania e da ditadura. Kadhafi encontrou o seu destino", completou.
A notícia da captura de Kadhafi foi avançada ao final da manhã pelo líder do Conselho Nacional de Transição da Líbia que referia ainda que Kadhafi tinha sofrido ferimentos nas pernas.

"Foi capturado. Está muito ferido, mas ainda respira", afirmou Mohamed Leith.

A Agência France Press divulgou entretanto uma imagem daquele que pode ser o momento da detenção do ex-líder líbio, onde são visíveis os ferimentos de Kadhafi. A veracidade da foto não foi ainda confirmada.
É um momento histórico. É o fim da tirania e da ditadura porta-voz do CNT

A imagem foi tirada com um telemóvel e depois registada pelo fotojornalista da AFP Phiippe Desmazes.

O comandante do Conselho de Transição afirmou que viu Kadhafi e que o ex-ditador estava vestido com um uniforme caqui e um turbante.

Em Sirte os guerrilheiros festejam nas ruas a captura do ex-líder líbio com gritos, dança e disparos para o ar.

O canal de TV "Libya lil Ahrar" (Líbia Livre) também confirmou a detenção de Kadhafi. De acordo com o canal, o ex-ditador foi detido com o filho Muatasim, além de Mansur Dau (chefe dos serviços de segurança interna), e Abdullah Senusi, diretor do serviço de inteligência libios.

A agência Reuters cita um guerrilheiro que terá testemunhado a detenção de Kadhafi e que avança que o ditador líbio estava escondido e terá gritado "Não disparem, não disparem".

A Reuters foi a primeira a avançar que Kadhafi morreu em sequência dos ferimentos, citando um oficial do CNT. De acordo com a estação de televisão Al Arabiya e a televisão líbia, o coronel já chegou morto ao hospital de Misrata, cidade que fica a cerca de 200 km da capital, Tripoli.

NATO diz ter bombardeado um grupo de veículos pró-Kadhafi perto de Sirte

"A aproximadamente 08h30 hora local de hoje, a NATO bombardeou veículos da força militar pró-Kadhafi que faziam parte de um grupo maior que operava nas vizinhanças de Sirte", afirmou o porta-voz da NATO, coronel Roland Lavoie.

A NATO não confirma no entnto que Kadhafi estivesse num dos veículos.

Ministro da Defesa morto em Sirte

A notícia surgiu ao mesmo tempo em que a Agência France Press dava conta que o ministro da Defesa do regime deposto de Kadhafi tinha sido morto em Sirte.

O médico Abdou Raouf afimrou ter "identificado o corpo de Aboubakr Younès Jaber", levado esta manhã para o hospital de campanha de Sirte.

A captura do antigo dirigente líbio aconteceu horas depois do Conselho Nacional de Transição tomar Sirte, a cidade natal de Kadhafi, a 360 quilómetros da capital.

De acordo com o El País, o presidente do Conselho, Mustafá Abdel Yalil, deverá declarar o país livre assim que todo o território esteja controlado pelas forças da transição.

Muammar Kadhafi era procurado desde agosto, altura em que as tropas rebeldes assumiram o controlo de Tripoli, levando à fuga do líder e da sua família.

O movimento de rebelião no país começou há 8 meses, pouco antes da NATO dar início aos raides aéreos para proteger os civis.

Muammar Kadhafi esteve à frente da Líbia nos últimos 42 anos. A 16 de Maio, um procurador do Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, emitiu um mandato internacional de captura e prisão contra o coronel Kadhafi por crimes contra a humanidade.

EUA dizem que não podem confirmar captura de Kadhafi

O governo dos Estados Unidos informou que ainda não tem condições de confirmar a notícia de que o ex-ditador líbio Muamar Kadhafi tenha sido capturado ou morto.

"O Departamento de Estado não pode, neste momento, confirmar as notícias da imprensa sobre a captura ou morte de Muamar Kadhafi", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

(notícia em atualização)

Fonte: Notícias Sapo - 20.10.2011 (15:40)

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