quinta-feira, março 08, 2012

“Renamo não irá retaliar à acção policial”

O líder da Renamo mandou dois membros para falarem em seu nome, na tarde de ontem.
O chefe da segurança do líder da Renamo, Simião Bute, e o porta-voz da Renamo António Nihorue convocaram um conferência de imprensa, na tarde de ontem, na qual afirmaram que, a mando do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, pretendiam tranquilizar o povo moçambicano, particularmente residentes de Nampula, que podem retomar as suas actividades. Isso porque, no que depender da Renamo, não haverá nenhuma resposta à esta acção polícia, antes de um encontro com o chefe do Estado agendado para Abril próximo em Nampula. O tal encontro, segundo referiram, é que vai ditar os próximos rumos.


Bute diz que o referido encontro terá sido marcado pelo chefe do estado durante uma conversa telefónica que manteve, também ontem, com o líder da Renamo, onde pediu desculpas pelo sucedido. Bute disse que o chefe do Estado pediu, igualmente, que o líder da Renamo mantivesse os seus homens calmos e sem retaliar à acção da polícia até à conversa que vão manter.

Os mandatários de Dhlakama afirmaram ainda que Armando Guebuza disse que a informação que teve indica que a delegação da Renamo teria sido assaltada pela polícia pelo facto de os ex-guerrilheiros terem alvejado mortalmente um agente da FIR.

Entretanto ainda não foi possível confirmar, a nível da presidência, se de facto houve esta conversa entre a Renamo e o chefe do Estado.

“Não temos medo da guerra, mas queremos paz”

O primeiro pronunciamento da Renamo veio de Maputo. Foi ao fim da manhã de ontem pela voz do seu secretário-geral, Ossufo Momade. Este disse que o seu partido deplorava o ataque perpetrado pela Força de Intervenção Rápida (FIR) à sua delegação política na cidade de Nampula. O mesmo disse que os seus desmobilizados não estavam armados e, por isso, não representavam nenhum perigo, daí não perceber a actuação da polícia.

Em resposta à actuação policial, a Renamo diz que a guarda de Afonso Dhlakama foi chamada a intervir e do tiroteio, segundo Momade, sete agentes da FIR foram baleados mortalmente e seus ex-guerrilheiros, num número não identificado, foram detidos.

Fonte: O País - 09.03.2012

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