segunda-feira, janeiro 28, 2013

Doadores reduzem apoio à sindicatos moçambicanos


A SITUAÇÃO OBRIGA OTM A REVER A SUA ESTRUTURA ORGÂNICA


Os tradicionais parceiros internacionais de cooperação que apoiam a Organização dos Trabalhadores de Moçambique-Central Sindical (OTM-CS) têm vindo a reduzir, nos últimos anos, a sua assistência financeira àquela agremiação, alegadamente devido ao agravamento da crise financeira internacional despoletada em 2007 no sector Imobiliário dos Estados Unidos da América (EUA).

Em entrevista ao Correio da manhã, Francisco Mazoio, porta-voz da OTM-CS, não avançou, contudo, detalhes sobre valores da ajuda reduzidos, situação que obriga a organização a proceder a “reformas estruturais profundas visando reduzir o peso operacional da nossa agremiação”.
A decisão foi tomada no decurso do VI Congresso da OTM-CS, realizado em Dezembro de 2012, no Município da Matola e consistiu, a título de exemplo, na eliminação do chamado Presidium, composto por um presidente e um vice-presidente, bem como na abolição dos Conselhos Fiscais Provinciais e redução do número de membros do Secretariado da organização.
A agremiação decidiu também pela atribuição de todas as actividades executivas que eram feitas pelo Presidente e Vice-Presidente ao Secretário-Geral da OTM-CS, como uma outra medida de contenção de despesas operacionais.
Para além de fundos externos, a agremiação sobrevive com base na quotização dos membros filiados nos 16 sindicatos ramais que compõem a OTM-CS, de acordo igualmente com Francisco Mazoio, acrescentando que os valores cobrados “são insufi cientes” para garantir o normal funcionamento da sua organização.
No global, a OTM-CS conta com perto de 128.710 trabalhadores filiados, “mas as suas quotas que, variam de 0.5% a 1% do salário mensal de cada membro, não correspondem às necessidades da agremiação”, situação que é agravada pelo facto dos salários pagos à maioria dos trabalhadores membros serem “muito baixos”.
De acordo ainda com Mazoio, aquela situação coloca a OTM-CS numa situação de “dependente permanente da ajuda externa”.

Fonte: Correio da Manhã - 28.01.2013

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