quarta-feira, abril 17, 2013

Resposta a Elísio Macamo e José Macuiana

1. Sempre esperei que os subordinados e ex-subordinados de Armando Guebuza a quem querem ser imputados aos atropelos da sua governacão, reagissem. Mas infelizmente não o fazem.

2. Como será possível desculpar de tudo que acontece lá fora, quando a má actuacão dos pupilos de Guebuza é muito mais notável na altura que saem da Escola da Matola? Assim que terminaram (recentemente) a sessão do CC e a reunião com os presidentes dos municípios, quanta coisa perigosa estamos a assistir? Só para lembrar: Gôndola, Macia, Muxungwè, membros da Frelimo nas comissões provinciais de eleicões fazendo-se passar de membros da sociedade civil pela porta da ONP... Quanta coisa vamos assistir ainda nas províncias onde ele está em "presidência aberta", mas que na verdade é pré-campanha eleitoral? Não estará lá a cultivar a intolerância?

3. Quando nas reuniões da Matola se diz algo bom, nós cá fora ouvimos. Foi assim que soubemos do apelo de Raimundo Pachinuapa à tolerância política. Também já pudemos ouvir isso, numa reunião de quadros da Frelimo realiza da na Beira, na altura de Joaquim Chissano. Mas alguma vez ouvimos apelos feito por Armando Guebuza aos membros da Frelimo?

4. Elísio Macamo critica Armando Guebuza pelas suas presidências abertas muito caras. Isso fazem muitos mocambicanos. A vez que tentou reformulá-las, pelo menos para não usar helicopteros para zonas próximas de Maputo, foi quando os "vândalos" agiram na Matola e Maputo... Ora, se Guebuza considera as críticas e seus críticos, porque hoje ele vai fazer a mesmíssima coisa em Cabo Delgado e Nampula e assim sucessivamente?

5. Acho que a avaliacão de Guebuza com base nos resultados eleitorais, e, pior ainda, com base nos dos que foram votar, pode não nos dizer a realidade. Sugiro que o próprio processo eleitoral tem que ser analisado e avaliado. Portanto não acho que é pelo facto de Joaquim Chissano ter obtido um fraco resultado eleitoral em 1999 que ele deixa de ser melhor que Armando Guebuza.

6. Quanto às negociacões para a paz em Mocambique é o mérito de Jaoquim Chissano e não de Armando Guebuza porque este último foi delegado pelo primeiro. Acho que seria um erro julgarmos José Pacheco pelo insucesso ou fracasso das conversacões entre o governo da Frelimo e a Renamo.

7. Se há problemas de gestão na funcão pública, quem é o responsável disso? Afinal não é Armando Guebuza quem deu relevância o cartão partidário que a competência dos mocambicanos? O que é que os "camaradas" ministros, governadores, administradores, directores, etc, podem fazer se a vontade do presidente o chefe máximo do partido é essa de basear-se no cartão partidário na gestão da coisa pública?

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