quinta-feira, setembro 18, 2014

Partidos políticos continuam a praticar ilícitos eleitorais na campanha

Enquanto a polícia e o ministério público mantêm o silêncio perante o uso de bens do estado na campanha, os partidos continuam a ignorar a lei e os apelos da sociedade para uma campanha sem ilícitos. Situações mais flagrantes acontecem fora dos grandes centros urbanos.

Na comitiva da Primeira-dama, em Nacala-Porto

Em Nacala-Porto, uma viatura pertencente ao Estado, com a chapa de inscrição EAB 239 MP, foi usada para campanha eleitoral da Frelimo na recepção da esposa do Presidente da República, Maria da Luz Guebuza, nesta quarta-feira (17). Segundo os nossos correspondentes a mesma foi vista cheia de panfletos da Frelimo e do seu candidato, e estacionada na sede distrital do partido Frelimo em Nacala-Porto, conforme ilustra a imagem no pdf anexado. Uma outra viatura, pertencente a Direcção Provincial de Educação, com a chapa de inscrição EAB 607 MP, foi vista no mesmo recinto.


No distrito de Buzi, Sofala, uma viatura de marca Toyota Hilux, D4D cor cinzenta (na imagem no pdf anexado), com a matrícula AEG 485 MP, afecta aos Serviços Distritais das Actividades Económicas, foi mobilizada para engrossar a comitiva de campanha eleitoral do chefe da brigada central do Partido Frelimo na província de Sofala, Alberto Chipande. Correspondentes do CIP naquele distrito flagraram esta viatura do Estado em acto de campanha do partido Frelimo no Bairro Mucurrungo, na vila-sede do distrito de Buzi.


Em Cabo Delgado, o administrador da cidade de Pemba, Gabriel Adolfo, está a usar a viatura do Estado, a si alocada, de marca Ford Ranger para a campanha do partido Frelimo. O administrador circulando na viatura do Estado, integrou a campanha do partido Frelimo na terça-feira passada e foi fotografado em dois momentos pelos correspondentes do CIP, nomeadamente, na Rua 12 e na Avenida 25 de Setembro. Para ocultar as chapas de inscrição da viatura, o administrador havia colado sobre as mesmas, panfletos com inscrições grafais “Frelimo”.

Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 44 - 18 de Setembro de 2014

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