terça-feira, outubro 21, 2014

Apuramento desorganizado

Não foram dadas instruções as comissões distritais das eleições (CDEs) sobre a forma como deveria ser feito o apuramento distrital, que consistiria no simples somatório dos editais de todas as assembleias de voto da cidade ou distrito. Não havendo esta orientação do STAE a nível nacional, cada CDE criou seus próprios sistemas.

Alguns usaram computadores, alguns lápis e papel, e alguns escreveram no quadro preto das salas de aula. Os que tinham computadores normalmente usaram planilhas do Excel, uns tentaram usar o Word e, em seguida, paravam e começavam novamente com o Excel.

Alguns começaram logo que receberam os primeiros editais, enquanto outros aguardaram pela chegada de todos os editais. Alguns começaram com dados apresentados por telefone e SMS e outros esperaram pelos editais. Alguns fizeram tudo bem organizado, enquanto outros tinham papéis espalhados ao redor da sala e várias pessoas nas salas aparentando estar seguir sistemas diferentes. Alguns utilizavam salas especiais, outros estavam em salas menores, e alguns apuramentos foram feitos no escritório do director distrital do STAE. Alguns representantes dos partidos tiveram acesso às tabelas finais e outros não.

O melhor apuramento foi organizado pela CDE da cidade de Tete, que montou uma sala especial. Cada edital era mostrado aos observadores, representantes dos partidos e jornalistas, e em seguida, os resultados eram lidos. Os dados eram introduzidos em um computador e projectados na parede para que todos pudessem ver que os dados introduzidos estavam correctos. Poucos casos iguais a este foram reportados. Em alguns lugares, era impossível verificar a veracidade dos dados que estava a ser introduzidos.

Em alguns locais, os representantes dos partidos estiveram presente, mas alguns partiram antes do término do processo.


Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 67-68 - 21 de Outobro de 2014

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