domingo, fevereiro 01, 2015

Elísio Macamo baniu-me do seu mural

Acabo de ser banido por Elísio Macamo que sem lhe ofender e sem mesmo lhe ofender estava a lhe questionar sobre o seu último post. O Elísio diz que não houve fraude eleitoral.


3 comentários:

Anónimo disse...

Elisio Macamo já reagiu.....

Os que representam a Frelimo ao nível dos municípios, com todo o respeito, não são necessariamente os melhores quadros desse partido. Os que representam o MDM ao nível dos municípios são os seus melhores quadros. É natural que haja um certo desnível que depois leva os menos incautos a pensarem que pelo facto de a cúpula do MDM parecer eficiente e séria, todo o MDM é. Não necessariamente. A ênfase na competência técnica num contexto em que os problemas que o país tem não resultam necessariamente da falta de competência técnica tornaram o MDM desnecessariamente vulnerável, privando-o do único trunfo que criou para si em momentos em que os problemas se tornaram renitentes. A única saída para isto é a demagogia, que é o verdadeiro discurso do MDM nos últimos anos e que ficou patente no seu manifesto com aquela afirmação patética dum “Moçambique para todos”. Faltou ali a visão perspicaz e estratégica de Ismael Mussá, cujo papel parece ser desempenhado por Eduardo Namburete na Renamo.
A terceira razão, e a mais importante, prende-se à incapacidade do MDM de articular um discurso verdadeiramente político virado para os milhares e milhares de moçambicanos que estão genuinamente interessados num país íntegro, onde se respeita a dignidade humana e os tribunais têm independência. É aqui onde reside a fraude política que o MDM virou. Repleto de gente com ressentimentos contra a Frelimo – onde precisava de programa político – com ressentimentos regionais e étnicos – onde precisava duma visão nacional – e com ressentimentos anti-intelectuais – onde precisava de acarinhar profissionais – o MDM virou uma caricatura fiel da ideia que os seus pseudo-ideólogos têm daquilo que chamam de “Frenamo”. Quando, como nos últimos dois anos, o país precisava de liderança ao nível da moral política consubstanciada no respeito pelo Estado de Direito e democrático o MDM ficou num silêncio ensurdecedor que mais parecia oportunista do que realmente estratégico. Ao invés de juntar a sua voz aos poucos que condenaram de forma vigorosa e veemente a violência contra o Estado protagonizada pela Renamo, o MDM preferiu calar-se. Quando abriu a boca foi para “condenar os belicistas” dos dois lados, uma atitude politicamente fraca que lhe custou apoios e pela qual pagou muito caro nas últimas eleições. Não liderou nenhum movimento cívico pela paz tendo pautado pela ausência nos momentos cruciais do “diálogo” anti-democrático que a Frelimo e a Renamo têm vindo a conduzir no Centro de Conferências Joaquim Chissano; não parece ter tido qualquer tipo de protagonismo no papel dos mediadores nacionais – outra fraude sobre a qual ainda me vou debruçar em momento oportuno – isto é, abdicou completamente do seu dever como força política a favor dum atrelamento incompreensível às posições da Renamo. O pior de tudo isto é que a Renamo que o MDM tenta a todo o custo não ofender despresa-o com paixão, pelo menos a julgar pelos pronunciamentos de alguns dos seus membros e a julgar pelas aparentemente infundadas acusações de corrupção na Beira propaladas por gente da Renamo em clara tentativa de denegrir a imagem da família Simango.
Não teria escrito este texto se não fossem as intervenções sempre irritantes (e arrogantes) de algumas pessoas que se consideram do MDM e que defendem posições que tornam este partido cada vez mais irrelevante no cenário político nacional. São pessoas que como todo o fanático religioso – e muitos deles são – são movidos pela fé e vêem o mundo irremediavelmente dividido entre as forças do bem (eles) e do mal (todos os outros que não são eles). Crêem na justiça natural do mundo (do Criador) que um dia infalivelmente vai punir os maus. Nunca tive o prazer, nem a honra de falar com o líder do MDM. No dia em que eu tiver essa oportunidade vou lhe dizer para se livrar dessa gente para que o seu partido assuma o papel que o nosso cenário político reservou para si. Se não quiser, claro, continuar a ser uma das maiores fraudes políticas do país.
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Reflectindo disse...

Anónimo, este texto é reacão a quê? Ao processo de eliminacão na lista de Elísio Macamo a quem lhe questiona ou quem não concorda com ele?

Reflectindo disse...

Esperei que da resposta, contudo, quanto a este comentário atribuido a Macamo, tenho a dizer que só tem intencões de enganar e destruir ao MDM. Eu conheco a sua opinião quanto ao MDM e sei que ele é simpatizante da Frelimo. No programa Ponto Final, o jornalista Fernando Lima disse uma coisa que eu considero importante.