segunda-feira, agosto 17, 2015

A opiniao de Sergio Vieira

"De algum modo todos estamos saturados das explicações muito pouco plausíveis sobre a EMATUM, sobretudo quando vemos as embarcações bem atracadas nas docas e apenas pescando lodo.

Barcos de pesca e patrulheiros trata-se de assuntos bem diferentes. Não se duvida que o país necessite de uns e outros.

Mas não se adquirem todos no mesmo sítio. Há estaleiros que fabricam barcos de pesca, cargueiros, super petroleiros, ROL ON ROL OFF, navios de patrulha, porta-aviões, couraçados, etc. Mas, cada macaco no seu galho, dizemos cá na terra, nenhum estaleiro produz todo o tipo de barcos.


Mais grave e segundo a comunicação social incluindo o quotidiano francês Le Monde, afirma-se que o intermediário da operação vem do Médio Oriente, que não possui nem produz em nenhum estaleiro, e pior, o mencionado está a contas com a justiça francesa e de outros países devido a burlas e falcatruas.

Verdade? Meia verdade ou mentira? O secretismo escancara as portas a todo o tipo de especulação.
Agora surge um novo escândalo, o de uma suposta empresa sediada num quartito em Bruxelas e que está encarregue de produzir os nossos BI e passaportes biométricos, os DIRE e sei lá mais o quê.

De novo, verdade, meia verdade ou mentira? Claro que precisamos de esclarecimentos claros, afinal cabe a cada um de nós pagar a conta e contas bem-feitas, fazem os bons amigos, dão credibilidade a quem nos governa.

Precisamos que o Gabinete de Luta contra a Corrupção e a Procuradoria investiguem e digam aos cidadãos os resultados verificados. Basta do eterno disse que disse e nunca se sabe quem disse.

Fala-se por um lado da carência escandalosa de carteiras nas escolas e até nas Faculdades. Por outro lado menciona-se a exportação legal ou clandestina das nossas madeiras em bruto. Menciona-se centenas de milhões de dólares nesse negócio.

Um leader ou dirigente estatal que deixe destruir florestas no seu território sofre punições severas em todos os países vizinhos. Aqui? Leader fica leader, dirigente continua no posto haja o que houver. Todos intocáveis e acima do dever de cumprimento de obrigações elementares."

Fonte: O PAÍS – 11.08.2015

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