quinta-feira, novembro 12, 2015

Casas de baixo custo na Beira dividem Frelimo e edilidade

A FRELIMO na Beira considera que a execução do projecto do Conselho Municipal visando a construção de casas de baixo custo nos bairros de Maraza e Chota passa por um estudo de viabilidade e uma consulta aos munícipes daquelas áreas residenciais, porque, no entendimento deste partido, “já não existe espaço para mais construções naquelas zonas”.
A posição da Frelimo foi manifestada pela sua bancada na Assembleia Municipal da Beira, durante a nova sessão ordinária daquele órgão recentemente realizada, na qual o partido governamental argumentou que se não forem tomada precauções a situação poderá propiciar conflitos de terra, tal como acontece no bairro de Ndunda, onde residentes e a edilidade disputam terrenos.
Fora disso, a Frelimo pretende igualmente saber que acordos serão feitos para o reassentamento das famílias que serão afectadas pelo empreendimento.
O projecto de construção de casas de baixo custo, designadas “casas sociais”, está inserido no contexto do memorando de entendimento rubricado entre o Conselho Municipal da Beira (CMB) e a Real Equity For All, durante a Conferência Internacional de Investimentos realizada recentemente na capital de Sofala.
“Tanto em Maraza como no bairro da Chota já não há espaço para mais construções”, adverte a Frelimo.
O chefe da bancada da Frelimo naquele órgão, António Pensado, sustenta, a propósito, que naquelas duas áreas residenciais, além de habitações, já existem também escolas, mercados, ruas, entre outras infra-estruturas, pelo que novas construções não se afiguram possíveis.
Aliás, segundo o responsável, a falta de espaço livre naquelas áreas forçou a edilidade a atribuir novos talhões na zona de Ndunda.
Entretanto, o vereador da área de Construção e Urbanização no Conselho Municipal da Beira, Albano Carige, sossegou a bancada da Frelimo, afirmando que, efectivamente, existe espaço para a implementação do projecto, sem que para o efeito haja conflito de terra. Esclareceu que o referido espaço situa­-se do lado esquerdo do monumento aos heróis moçambicanos onde, segundo ele, existe muito espaço livre.
“A vereação que lidero, através dos nossos técnicos do Gabinete de Estudos e Projectos, fez recentemente a delimitação da área além de ter notificado as pessoas no sentido de se absterem de fazer construções desordenadas”, explicou Carige. (António Janeiro)
Fonte: Jornal Notícias – 11.11.2015

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